sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ENSAIOS DE UMA NOIVA - PARTE 11



"O grande e decepcionante dia"


Laura é uma jovem que terminou o seu noivado com um homem admirável. Ela nem sabe o motivo dessa decisão, tampouco compreende que o distanciamento foi acontecendo aos poucos, e de forma tão delicada, que, quando percebe, já se encontra longe demais dele. Laura passa a querer preencher essa falta, mas a sua tristeza, no fundo, é saber que o seu amor não está nos lugares onde procura. O dilema de Laura é tentar reencontrar o seu amado, que um dia foi desprezado, e que ela teme agora rejeitá-la. 

Era a primeira vez que eu passava o Dia dos Namorados com alguém. De tão ansiosa que estava, acordei quase de madrugada. A minha mãe até estranhou... Menos de uma hora depois, alguém bateu à porta. Era ele.

 

Fiquei tão impressionada, que imaginei ser uma surpresa da parte dele. Mas aí ele disse:

– Precisamos conversar. – Assim, bem seco.
Na hora senti um gelo na espinha; comecei a ficar nervosa, mas procurei não demonstrar. Não sei se percebeu no momento. A minha mãe se aproximou e perguntou se gostaria de tomar café. Até ela ficou surpresa por vê-lo ali àquela hora da manhã...
– Não, obrigado! – Respondeu, da mesma forma seco.
Estranhei o fato de ele estar com a mesma camisa xadrez e a mesma calça preta do dia anterior. Também parecia cansado, como se estivesse passado a noite em claro. Já eu não conseguia entender o motivo dele estar na minha casa tão cedo.
A minha mãe se afastou, e ele começou falando várias coisas. Falou da família, da faculdade, dos seus planos futuros. Vi que estava enrolando, mesmo assim não queria deixar de ouvi-lo. Acho que eu já imaginava onde a conversa ia parar. Eu tinha medo das próximas palavras dele, da minha possível reação, de uma inesperada decepção ou de ver que o meu castelo construído com tanta ilusão estaria se desmoronando.
Eu não queria saber do futuro, do que ele iria falar nos próximos segundos, não queria sentir nenhuma dor. Não naquele dia. Não causada por alguém que tanto amava.
Enquanto ele falava, a minha reação era de observar cada detalhe do rosto dele, cada gesto, expressão... Para mim, qualquer coisa que falasse com a boca ou com o corpo era um indício de para onde a conversa iria nos levar.
Acredito que desde o início eu já soubesse. Mas, como eu estava rendida... Não queria constatar o meu novo fracasso, e ter de encarar a minha mãe, meus pais, meus irmãos. E ter de explicar o motivo do fim do relacionamento, e ver nos olhos de cada um a minha imagem refletida de tristeza, o olhar de pena...
Foi quando coloquei os pés no chão para voltar a cair. Só ouvi quando ele disse:
– ... Foi muito bom, você é muito especial, mas prefiro terminar o namoro...
Chega! Não me lembro de mais nada. De bom aquele relacionamento não tinha nada. Se tinha, então por que terminar? De quem era a culpa? Qual o real motivo? Não consegui resposta para nenhuma dessas perguntas. Estava atônita, arrasada, frustrada.
E o grande Dia Dos Namorados? Acabou antes mesmo de começar.

Aguarde a continuação...

ANTÔNIA - 10


Havia uma tatuagem no seu braço direito que ia do ombro até o punho, até hoje eu não consegui distinguir o desenho, parecia demônios e anjos, todos juntos.
Ela parecia assustadora, mas era a única que eu mantinha algum contato. Não perguntei o motivo da sua prisão, sei apenas que não matou ninguém.
Ela ligou o rádio em músicas agitadas – ninguém reclamou.
No dia seguinte, depois do trabalho, voltei para a cela e o radinho estava ligado. Angela, gentilmente, deixou eu mexer nas estações, depois que dei a ela paçoquinha. Aqui é assim, toma lá dá cá. Tudo à base de troca.
Sentei no meu cantinho direito da cela e comecei a rodar o botão preto à procura de algo para ouvir. Umas estavam conversando e outras jogando baralho; naquele momento, eu estava ali sozinha.
Passei várias músicas, mas minha mente não queria ouvir músicas, eu queria algo mais profundo, que preenchesse aquele vazio na minha alma. Ultimamente, estava com vontade de me matar, mesmo trabalhando e ganhando o meu pagamento no final do mês. Eu estava presa, estava sofrendo, nem quando meus pais morreram tive tanta vontade de me matar!
Sabe, tenho sonhado com mortes. Não sei se é porque aqui convivo com pessoas que só falam nisso, mas dentro de mim está fluindo um desejo de morte. Sonho como posso fazer isso. Sonho com cordas amarradas em volta do pescoço, com facas sendo enfiadas na barriga. Essa noite eu sonhei em colocar veneno na comida, dar para as outras meninas e comer também. Às vezes escuto alguém me chamar, fico toda arrepiada. Tenho medo de morrer quando estou dormindo. Minhas companheiras de cela não me aceitam, querem o meu mal.
Sinto uma vontade de morrer como meu pai. Hoje eu entendo o desejo dele de subir naquela árvore e se enforcar… Estou com a mesma vontade. Existe alguém, que fica falando na minha cabeça o tempo todo, que se eu fizer isso vou ter paz. A paz que eu quero, que eu tanto desejo… Diz que vai ser gostoso, que eu não vou sentir dor…Não sei…
Continuo passando as estações a procura de algo que me preencha.
Um homem está falando pausadamente. Paro e ouço. Coloco o rádio no volume baixo e aproximo dos meus ouvidos. A voz dele é mansa…
“Que Deus abençoe a todos abundantemente! Meu amigo e minha amiga, nesse momento, em Nome do meu Deus, do Senhor Jesus, seja liberto de todo o mal que tem afligido o seu coração. Seja liberto de todo sentimento do coração. Eu determino que, nesse momento, haja a proteção do meu Deus em você.”
Ele disse que Jesus ouve a nossa oração quando falamos com fé, crendo, e que Deus não quer que soframos. Ele é real e nos dá autoridade para pisarmos serpentes e escorpiões.
Nessa hora, coloquei minha cabeça para pensar. Se eu estou nesse inferno, então não é da vontade de Deus que isso continue. Não foi Ele quem me colocou aqui. Eu posso fazer uma oração e, crendo na proteção desse Deus apresentado, posso mudar de vida.
Imediatamente fechei meus olhos. Eu não podia me ajoelhar, poderia apanhar por isso. Fiquei imóvel por um momento, desejando ardentemente aquelas palavras maravilhosas de libertação. Finalmente, estava ouvindo algo para mudar a minha vida!
Capítulo 11
Méuri Luiza

ANTÔNIA - 9


Eu não imaginava que uma criança poderia mudar o olhar de uma mulher que tem coragem de matar. Ela ficou medindo a menina em seu corpo e mostrava que estava muito menor na última vez que a viu. Acho que fazia tempo que não via a filhinha. Percebi que naquele momento seu olhar mudou, não parecia a mulher possuída pelo demônio dos outros dias.
Quem sabe ela não seja ruim, mas sim um mal esteja dentro dela. Sim, porque quando dá ordens para matar, seus olhos ficam escuros, seu semblante se transforma, parece realmente possuída por algo maior que ela; mas, com a filha não, ela se mostrou uma mulher frágil e carinhosa com aquele ser tão pequeno e indefeso, que demostrava seu amor sem querer nada em troca, um amor puro, amor de filha e mãe.
Cadú ficou abraçada com a menina por um bom tempo, parecia não querer mais largá-la.
O tempo das visitas é pequeno, mal dá para matar a saudade. Quando tocou o sinal da despedida, Cadú chorou. Beijou a filha mais uma vez e pegou de suas pequenas mãos o galhinho de flor cor de rosa. Realmente, dentro dela, tem um coração. Nem eu acreditaria nisso se não tivesse visto suas lágrimas.
Todos foram embora, e as presas voltaram cada uma para a sua cela, com fotos, desenhos, presentes, comidas, doces… As paredes ficaram enfeitadas com desenhos e frases das crianças.
Outra coisa que é bacana é quando elas recebem pasta dental e desodorante. Realmente é mais fácil a convivência quando o cheiro é menos agressivo.
A noite foi mais tranquila. Pela manhã recebemos a notícia da menina que estava com tosse, era tuberculose e ficou internada. Todas nós tivemos que fazer exames para ver se alguém havia se contaminado.
No dia seguinte fui chamada na sala da supervisora. Todo mundo lá era tratada por senhora. Eu nem sabia o nome das funcionárias, apenas chamava de senhora.
Ela me disse que por causa do meu bom comportamento poderia trabalhar na ala das operárias durante o dia e à noite voltaria para a minha cela. Recebi essa notícia com muita alegria, afinal, eu teria como ganhar um dinheiro e quando saísse poderia me virar nesse mundo de meu Deus.
Me deram um uniforme cinza, uma calça bem larga e uma camiseta. O tênis era branco e sem cadarço.
Fui, então, levada para a sala de máquinas. Eram muitas máquinas de costura enfileiradas, tinha uma cadeira de madeira e linhas ao lado.
A encarregada me chamou e mostrou minha máquina. Fiquei muito feliz, iria iniciar um trabalho digno. Não via a hora do outro dia chegar. Quando acordei, ainda era noite; esperei a hora do portão abrir e a policial vir me buscar.
Meu coração estava feliz!
No trabalho, apenas o barulho das máquinas. Ninguém conversava, todos ficavam atentos a cada detalhe.
Uma funcionária muito educada me chamou e mostrou como deveria ligar e operar a máquina de costura. Me ensinou a colocar a linha na agulha e passar a reta em cada parte das roupas. Perguntei para onde eram as peças, e ela me respondeu que era para uma empresa de uniformes.
Foi um pouco difícil no começo, toda hora eu a chamava para me ajudar e me orientar. Sempre com sorriso, ela me explicava. Havia algo diferente naquela mulher. O espírito dela não era igual ao das presas, era algo suave e muito gostoso de estar perto. Com o tempo descobri que ela fazia parte daquele grupo evangélico que um dia veio nos visitar.
Levei dois dias para pegar o jeito daquela máquina enorme, mas finalmente consegui. Em uma semana, dominei-a e estava cada dia mais animada com o meu novo serviço.
Quando eu voltava para a cela, estava tão cansada que nem sentia mais os pernilongos me picarem. A gente tinha o horário correto da comida, e ela era servida quentinha.
Um mês se passou, e eu estava aprendendo muito, mas em nenhum momento me esquecia da injustiça feita comigo.

Novamente era dia de visitas. Eu não trabalhava no domingo. As famílias vieram visitar as detentas. Presentes e comidas, uma alegria para elas. Angela recebeu um radinho de presente. Pelo que entendi, sua mãe era evangélica, e ela nunca quis saber de ir junto para a igreja. Foi mesmo para o mundo do crime. Ela usava cabelo vermelho-sangue, com pontas amarelas. Tinha sinal de brincos por todo lado. Como na cadeia não pode entrar com eles, teve que tirar, mas as marcas estavam sob seu rosto todo.
Capítulo 10
Méuri Luiza

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SEJA SEMPRE VIGILANTE




É preciso ficar atento para 
não cair em armadilhas.



Andar de carro por uma rua esburacada em alta velocidade é sinônimo de muitos chacoalhões. Sem contar o perigo de acidente, de danos ao carro, entre outras coisas. A nossa vida também é da mesma forma. Se andarmos sem tomar os cuidados necessários, muitos erros e traumas podem ocorrer.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” - Marcos 14.38

A cada dia ouvimos mais e mais atrocidades. São pais que matam filhos, filhos que saem de casa para morar nas ruas, homens que matam mulheres por causa de ciúmes. Casos que nos chocam mais ainda quando sabemos que essas pessoas conheciam a Palavra de Deus.

Então paramos e nos perguntamos: “Por que isso acontece?” Há uma situação que pode servir como exemplo de tudo:

Uma pessoa  se converte, no início, aquele primeiro amor, aquela busca constante, orações, jejuns, entregas, fé em ação. O tempo passa e ela deixa a rotina tomar conta. Já não é tanto tempo assim dedicado para a oração, mas uma parte dele para a novela, a internet, a conversa inútil com alguém. 

Quando percebe, ali está um ser frio, esvaziado da presença de Deus.

É nessa hora que o mal começa a reinar.

A pessoa pensa: É só uma saidinha, daqui a pouco eu volto para casa e minha vida com Deus não será afetada. Depois da novela eu oro. Qual o problema de ficar na internet? Deus entende minhas necessidades.

O ciúme exacerbado começa a ganhar mais espaço. A ambição, a preguiça, a falta de domínio próprio, a inveja, a falta de amor, a raiva, o ódio. E acontece uma tragédia.

Orar, estar em constante busca, não é uma imposição, mas uma obrigação de cada cristão que deseja manter-se na presença de Deus.

Evitar ter consequências na rua esburacada é saber passar por ela com cuidado, sabedoria, devagar, olhando para os lados, com muita cautela. Assim também conseguiremos passar pelas tentações sem que elas nos tirem do caminho certo.


“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.” 
- Lucas 21.36


Pela fé sempre.

domingo, 26 de agosto de 2012

FRUTO DO ESPÍRITO SANTO



Todo bom agricultor, antes de plantar, escolhe a boa semente, terra apropriada e o tempo determinado para semear




Este é o assunto, talvez, de menor complexidade para entender, porém, o mais difícil de realizar. Não que seja de difícil acesso, mas o que normalmente ocorre é que as pessoas estão mais preocupadas com os dons e fascínios do Espírito, do que propriamente com o exercício constante de uma vida que por si reflita o caráter de Deus.

É claro que em se tratando de frutos espirituais,conseguimos manifestá-los até com certa facilidade às pessoas que estão longe de nós ou com quem mantemos um relacionamento esporádico. Entretanto, isso não ocorre com aqueles que vivem conosco e que presenciam constantemente as nossas atitudes. 
Para estes, a coisas se tornam bastante difícil, e às vezes até impossível. O fruto do Espírito é algo exigido naturalmente, não só por Deus e pelas demais pessoas, mas sobretudo pelas nossas próprias consciências, que sempre estão com as "antenas" ligadas para registrar quaisquer falhas. O fruto do Espírito é imperativo na vida de cada seguidor do Senhor Jesus, pois Ele mesmo disse que seríamos conhecidos pelo fruto:  "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros."  (João 13.35).

O que significa o fruto do Espírito Santo? Todos nós sabemos que um fruto é o resultado final daquilo que se planta. É muito importante frisar que se alguém pretende colher um determinado fruto, precisa plantar a semente desse fruto. É claro, ninguém pode querer colher bananas, plantando sementes de laranjas e vice-versa. Todo bom agricultor, antes de plantar, escolhe a boa semente, terra apropriada e o tempo determinado para semear, pois cada semente tem uma época certa para ser plantada e colhida. A vida cristã também não é muito diferente: há o momento certo da plantação e também da colheita.

No que tange ao fruto do Espírito Santo, Ele é a resposta imediata de uma vida convertida ao Senhor Jesus; é o resultado de uma vida em constante comunhão com Deus, na Pessoa do Espírito Santo. E o segredo do fruto está justamente em permanecer na árvore; assim também, para que possamos evidenciar o fruto do Espírito em nossas vidas, devemos nos manter ligados ao Senhor Jesus. Foi por isso que Ele afirmou: "Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." (João 15.5).

Por outro lado, o fruto do Espírito não pode, em hipótese alguma, ser produzido pelo esforço, ainda que sobrenatural, da pessoa, pois nenhum fruto nasce pelo esforço sobrenatural da árvore. Pelo contrário, ele nasce naturalmente, porque interiormente corre a vida da árvore no seu ser. Também o cristão autêntico manifesta o fruto do Espírito naturalmente, porque dentro dele está o Espírito d’Aquele em quem ele crê. Por isso também a vida do Senhor Jesus é vivida novamente através dele, pelo fruto que ele dá. Aliás, este é mais um detalhe da razão por que devemos produzir o fruto do Espírito. O fruto não somente torna evidente a presença de Deus em nossas vidas, mas também manifesta a ressurreição do Senhor Jesus em nós. Agora podemos entender por que o Senhor disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada."  (João 14.23).

Realmente, quando o fruto do Espírito é externado através de cada um de nós, então, temos o próprio Jesus andando com nossos sapatos, vestindo a nossa roupa, falando, ouvindo, vendo; enfim, participando do nosso  cotidiano e brilhando através de nós por onde formos. Isto é o cristianismo verdadeiro, retrato autêntico da igreja primitiva, e a imagem e semelhança de Deus resgatada novamente pela fé.

Um detalhe muito importante, e que na maioria das vezes passa despercebido, é o fato do Espírito Santo considerar todas as suas nove modalidades de expressão de caráter como se fossem apenas uma.

O apóstolo Paulo não era leigo no conhecimento para desconsiderar que os nove frutos são, na realidade, apenas um: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei." (Gálatas 5.22,23).

Ele sabia que eram nove os frutos, porém, ainda assim, o Espírito Santo queria que Paulo registrasse todos como se fossem um, para deixar claro que nãose pode dividi-los, isto é, ninguém pode produzir, por exemplo, o amor e omitir a alegria, porque todos eles são interligados e indivisíveis.

Se alguém manifesta a alegria, por exemplo, e não demonstra o amor na sua vida, este não é um fruto do Espírito. Talvez seja proveniente das circunstâncias do momento, ou seja, uma falsa alegria, pois a verdadeira só existe quando é fruto do amor, que precede e acompanha todos os dons do Espírito.

Se você quer aprender mais sobre a Palavra de Deus e ter a direção do Espírito Santo para praticá-la, participe do Jejum de Daniel. 



(*) Texto retirado do livro "O Espírito Santo", do bispo Edir Macedo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SEJA ZELOSO



"A VONTADE DE DEUS SÓ É FEITA NA VIDA DO HOMEM QUANDO ELE SE SUBMETE AO SENHOR JESUS"



A vestidura branca é um símbolo de pureza. As noivas, no mundo ocidental, quando vão se encontrar com os noivos no altar, para selarem a sua aliança com eles, através do casamento, costumam usar vestidos completamente brancos.

Isso significa a virgindade delas, ou seja, que nunca foram tocadas por ninguém. Pelo menos teoricamente! Mas as vestiduras brancas lavadas no sangue do Cordeiro de Deus significam realmente, na prática, a pureza e a virgindade da noiva, que é a Igreja.

Quem não possuir essas vestes brancas não poderá estar diante do trono de Deus e, muito menos, servi-Lo de dia e de noite no Seu santuário. Por isso, o nosso Senhor aconselha aos mornos na fé a comprarem d’Ele essas vestiduras brancas.

A Bíblia diz que o Senhor Jesus Cristo Se tornou semelhante aos seres humanos, para que estes se tornassem semelhantes a Ele: "Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo"(Hebreus 2.17).

Poderíamos descrever essa semelhança da seguinte maneira: ser igual a Ele no comportamento, nas obras, no caráter e nas palavras. É isso que dá o direito e o privilégio de vestir vestiduras brancas, para o encontro com o nosso Senhor e Deus!

Finalmente o Senhor aconselha que a igreja, ou o cristão morno, compre d'Ele colírio para a unção dos olhos, a fim de que venha a enxergar. Aqueles que não têm a visão da vontade de Deus são como cegos. O cego pode até estar no meio da luz e, ainda assim, não poderá enxergar.

Esta é a situação de muitos que se dizem cristãos! Estão dentro das igrejas, têm conhecimento da Luz e conhecem a Palavra de Deus, porém não têm visão alguma da vontade divina para as suas vidas! Por isso, são mornos na fé, como a igreja em Laodiceia!

O único caminho que conduz o morno à condição de quente é o arrependimento. Mas para que isso aconteça, antes é preciso haver zelo, conforme ensina o Senhor Jesus: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te" (Apocalipse 3.19).

Em nenhuma outra carta o Senhor instrui a igreja ao zelo. É que o arrependimento da igreja de Laodiceia dependia de um zelo com respeito à Palavra de Deus.

Esta igreja estava tão envolvida com os lucros materiais, que tinha as Sagradas Escrituras como um livro de histórias. Deveria voltar à meditação na Palavra de Deus para, então, achar arrependimento, pois é impossível resguardar o coração do pecado sem que haja observância contínua da Palavra de Deus.

É ela que instrui, exorta, revela o que está escondido, aponta o que é certo e o que é errado. E somente através dela o pecador acha arrependimento para receber perdão.

Essa exortação do Senhor mostra a Sua infinita misericórdia e paciência para com cristãos do tipo Laodiceia, e também o Seu desejo em recuperá-los. Mas o querer d'Ele nem sempre é o mesmo daqueles que estão caídos e mornos.

É preciso que haja determinação de querer voltar para Deus, para que então a Sua vontade seja realizada. Porque a vontade de Deus só é feita na vida do homem quando ele se submete a Deus.

Se você quer aprender mais sobre a Palavra de Deus e ter a direção do Espírito Santo para praticá-la, participe do Jejum de Daniel. Procure um Cenáculo da IURD e saiba mais sobre o assunto.