"Indecisão e orgulho"
Laura é uma jovem que
terminou o seu noivado com um homem admirável. Ela nem sabe o motivo dessa
decisão, tampouco compreende que o distanciamento foi acontecendo aos poucos, e
de forma tão delicada, que, quando percebe, já se encontra longe demais dele.
Laura passa a querer preencher essa falta, mas a sua tristeza, no fundo, é
saber que o seu amor não está nos lugares onde procura. O dilema de Laura é
tentar reencontrar o seu amado, que um dia foi desprezado, e que ela teme agora
rejeitá-la.
Depois daquele namoro
frustrado, mais um por sinal, pensei se não havia feito uma grande bobagem.
Porque enquanto estive noiva, me sentia segura e forte. Não sei o que me deu,
não sei bem se o que fiz foi realmente a melhor solução. Às vezes fazemos as coisas
sem pensar e falamos sem sequer medir o peso de nossas palavras.
Não falei nada com o meu noivo, aliás, era sempre ele que
procurava me dizer algumas coisas, mas como deixei o orgulho e as amizades
tomarem conta de mim, achei que não mais precisava dele, e que tudo o que me
falava eram meras palavras de uma pessoa preocupada.
‘Sabe de uma coisa...’, eu pensava, ‘...ainda sou muito
jovem para poder me comprometer com alguém. Acho que não tenho maturidade
suficiente para assumir um relacionamento tão sério. Até porque casamento não é
qualquer tipo de relação que você assume depois diz que não quer mais.’
Meus encantos e minhas ilusões começaram exatamente aí, com
uma sensação de liberdade. Apenas sensação, porque eu não posso dizer que sou
livre se não consigo dominar as minhas próprias vontades, ou melhor, os meus
desejos. Foi aí que vi que as nossas escolhas ditam as regras. Se eu escolho a
opção correta, vou me dar bem, mas se escolho a errada, é certo que vou me
decepcionar. É sempre assim, dançamos conforme a música que escolhemos. E nem
adianta querer culpar alguém, pois há sempre quem nos avise e nos aconselhe
para o bem.
Mas eu não ouvi ninguém. Nem noivo, nem pais, nem amigos
sinceros. Ouvi apenas a mim mesma, aos meus sentimentos mais íntimos, porque
julguei estar certa, quando estava completamente errada.
E agora? Volto ao meu querido noivo? Ele ainda me aguarda,
como alguém que espera por uma nova chance? Penso em voltar, mas às vezes acho
que não é justo procurar por ele só quando estou precisando.
Ando muito indecisa. Não sei se dou um basta neste
sofrimento de uma vez, ou se tento suportar um pouco mais. Tenho amigos e a
cada dia conheço mais e mais pessoas. Isso me distrai, embora eu não saiba
lidar com algumas situações inesperadas.
Aguarde a continuação...
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