quinta-feira, 7 de junho de 2012

ENSAIOS DE UMA NOIVA - PARTE 2





"O dia seguinte"





Laura é uma jovem que terminou o seu noivado com um homem admirável. Ela nem sabe o motivo dessa decisão, tampouco compreende que o distanciamento foi acontecendo aos poucos, e de forma tão delicada, que, quando percebe, já se encontra longe demais dele. Laura passa a querer preencher essa falta, mas a sua tristeza, no fundo, é saber que o seu amor não está nos lugares onde procura. O dilema de Laura é tentar reencontrar o seu amado, que um dia foi desprezado, e que ela teme agora rejeitá-la .

Era para ser um dia de descanso, afinal no domingo acontecem tantas coisas, há tantos convites. Mas estava chato. Um dia muito chato e sem ter nada para fazer.

A gente fica zapeando os canais de televisão e tudo o que se vê são pessoas que se dizem mais felizes, mais bonitas e mais inteligentes do que a gente. Com raríssimas exceções.

Nesse domingo, o telefone não tocou, ninguém me chamou e, pra falar a verdade, também estava torcendo para que isso acontecesse. Mas, o engraçado, é que quanto mais me aquietava, mais a minha mente funcionava sem parar – parece a relação inversamente proporcional da matemática.

Foi nesse instante que me lembrei da época em que fui noiva. Não sei se você já se sentiu como um peixe fora d’água e sem forças para puxar o fôlego. Eu me senti exatamente assim. Depois dele, tentei me aventurar em outros relacionamentos desconexos, mas que para mim faziam todo o sentido. Como o Beto.

Beto era um daqueles rapazes ‘legais’. No início, nem estava muito interessa nele, porém a insistência de minhas amigas já estava me incomodando. Sempre havia uma que dizia: “Deixa de ser boba! Não está vendo que ele está interessado em você?” E como eu estava mais pra sim do que pra não, aceitei todas as sugestões.

Mas o namoro durou tão pouco. Se chegou a uns três meses foi muito – e não estou exagerando! Logo no início, ele era bem romântico, depois, porém, foi se mostrando distante e insensível.

Comecei, então, a me culpar. “Deve ser o meu jeito”; “Não, é porque eu engordei um pouco”; “Ai, com certeza foi por causa da nossa última conversa”, e assim ia. Eu vi, no entanto, que não era nada disso. Não tinha a ver comigo, e o que descobri em seguida, foi o que me deixou mais chocada.

Aguarde a continuação...

Nenhum comentário:

Postar um comentário