terça-feira, 7 de agosto de 2012

ENSAIOS DE UMA NOIVA - PARTE 9




 "Sem rumo a seguir"

Laura é uma jovem que terminou o seu noivado com um homem admirável. Ela nem sabe o motivo dessa decisão, tampouco compreende que o distanciamento foi acontecendo aos poucos, e de forma tão delicada, que, quando percebe, já se encontra longe demais dele. Laura passa a querer preencher essa falta, mas a sua tristeza, no fundo, é saber que o seu amor não está nos lugares onde procura. O dilema de Laura é tentar reencontrar o seu amado, que um dia foi desprezado, e que ela teme agora rejeitá-la.

Fiquei muito decepcionada com tudo o que passei nos últimos tempos. Resolvi me dedicar a mim mesma, aos meus estudos e à minha família.

Bem, é sempre isso o que falamos quando terminamos um relacionamento, não é? Queremos e fazemos o possível para focar nossos pensamentos na carreira profissional ou nas pessoas que nos amam, e que recebem tão pouco por esse amor.

Até a uma igreja comecei a ir novamente. Conheci pessoas, fiz amizades, parei com as baladas e me dediquei aos meus estudos a valer. Mas, que dúvida cruel!


Entrei em um curso na faculdade, mas logo me bateu uma indefinição se deveria prosseguir nessa escolha. Então, o abandonei. Entrei em outro curso, e de novo veio a dúvida se deveria seguir esta carreira.

Apesar de infeliz, resolvi continuar. E por estar sem rumo, também saí da igreja. No entanto, decidi terminar o curso, mesmo não gostando dele. Não queria frustrar meus pais com as minhas indecisões. É incrível como ficamos rodando, rodando e não conseguimos chegar a um ponto fixo. Nenhum apoio, nenhum conselho bom o suficiente para me dizer por onde seguir. Nada!

Às vezes me pergunto se não haverá um dia em que todas essas coisas vão passar. Não consigo encontrar uma pessoa legal para mim, ou sequer ser feliz no curso que escolhi.

Não é culpa da faculdade, da minha família ou de quem quer que seja. Sei disso. E sei também que tudo isso é uma consequência causada por mim mesma, pelas minhas atitudes passadas, pelas minhas escolhas erradas.

É muito difícil reconhecer isso. É mais simples culpar alguém próximo ou distante, uma pessoa ou uma situação, outro ser humano ou mesmo Deus.

Aguarde a continuação...

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